domingo, 19 de setembro de 2010

Relatório:

"Tecnologia de Informação e Retorno de Investimento"



INTRODUÇÃO

Muitas Organizações têm se utilizado da Tecnologia da Informação para realizar de muitas de suas operações, como uma ferramenta estratégica na gestão de seus negócios. Quando se trata em medir o valor econômico de seus investimentos em TI, são disponibilizados e utilizados os métodos tradicionais de avaliação econômica, como: ROI, VPL, TIR e pay-back . No entanto, estes não são tão eficientes, pois não se mede os benefícios intangíveis. Logo a utilização desses métodos não tem que ser feito isoladamente e sim está ligada e somada a muitas outras metodologias a serem descritas.

CONSIDERAÇÕES

Em muitas organizações de TI, o conselho de administração, diretores executivos (CEOs) e os gerentes de unidades comerciais são constantemente pressionados a demonstrar e aumentar o valor econômico dos investimentos em TI. No entanto, as organizações de TI ainda enfrentam dificuldades para medir esse valor. Muitas tentativas têm se concentrado em medidas de ROI na fase inicial, mas trata-se apenas de estimativas do valor econômico esperado. O valor econômico efetivamente produzido só pode ser medido por meio de uma abordagem do ciclo de vida e por meio de um trabalho em conjunto com a empresa para medir os lucros reais depois do projeto completo.

Não basta medir simplesmente o retorno sobre o investimento (ROI) ou utilizar outras medidas financeiras. O problema recai no modo como são aplicadas hoje, ou seja, de maneira incompatível e isolada.



Dessa forma, ao utilizar o ROI, o VPL, a taxa interna de retorno (TIR), pay-back ou sistemas de medição similares. O uso exclusivo de medições financeiras apresenta falhas graves:



  • O problema é que as medições podem ser interpretadas de diversas formas, induzindo a incoerências e faz com que diferentes grupos adotem diferentes medidas na mesma empresa.
  • Elas sugerem uma precisão que não existe. Uma vez que são calculadas de acordo com uma fórmula e geram um número, as medições causam uma falsa impressão de credibilidade. Para os investimentos propostos, é possível estimar apenas os lucros. No entanto, essas estimativas resultam de numerosos pressupostos, portanto, a precisão da medida calculada apenas aproxima-se dos pressupostos básicos.
  • Normalmente, não podem representar os lucros intangíveis. Via de regra, os investimentos em TI proporcionam tanto lucros diretos (tangíveis) quanto intangíveis. Os lucros intangíveis, como o aumento da satisfação do cliente, costumam ser difíceis de medir, portanto acabam completamente ignorados.
  • Não incorporam os riscos. Provavelmente, a principal falha de grande parte dos cálculos financeiros sobre os lucros com investimentos em TI seja subestimar de modo significativo, ou não incorporar qualquer tipo de risco. Por exemplo: uma empresa pode apresentar um histórico operacional de implementação de projetos em média 20% acima do orçamento, contudo, se não oferecem business cases para novos projetos, presume-se que serão implementados dentro do orçamento. Além disso, se for utilizada alguma estimativa de risco, ela tende a ser excessivamente subjetiva e aplicada de modo incoerente.
  • Outra questão importante que não pode ser esquecida são os custos ocultos, pois estão associados aos investimentos em novas tecnologias que são amenizados ou completamente ignorados nos métodos até aqui apresentados. Todo mundo analisa custos/benefícios em projetos. A parte triste é que não apenas os benefícios são fictícios, mas os custos também. E isto implica que muitos benefícios são definidos inapropriadamente e muitos custos não são considerados. Entre os benefícios intangíveis podemos destacar: Melhora da informação; Tempo de resposta mais rápido; Melhora no processo de decisão;



CONCLUSÃO

As empresas investem em TI, principalmente pelas razões de aumento da eficiência operacional, melhor gerenciamento da informação, redução de custos, ganho de vantagem competitiva e ir ao encontro das expectativas do cliente. Tradicionalmente se utilizam de metodologias como VPL, TIR, ROI, pay-back, considerando essencialmente os custos/benefícios tangíveis e quantitativos.

Mas as empresas ainda têm um complicador que se esconde atrás dos benefícios intangíveis, que são difíceis de quantificar, e também dos custos ocultos de TI, que na maioria das vezes vem embutidos através de atividades inerentes ao processo de implementação e que acabam sendo ignorados. O grande desafio, inerente a qualquer investimento, é que um projeto sempre será acompanhado de riscos. Não é diferente nos projetos de tecnologia da informação. Os métodos, até aqui apresentados, seria um elemento que ajudaria a viabilizar o projeto de TI, mas deve-se está atrelado a outras ações dos componentes envolvidos.

Outro fator importante é o calculo, quanto menor for o tempo de retorno do investimento, melhor será para a organização.

Como qualquer projeto, o ROI, VPL, TIR ou pay–back, tem que está sempre sujeito a revisões durante a implantação do projeto. Muitas vezes fatores não foram considerados adequadamente ou mesmo não puderam ser previstos com exatidão previamente influenciam nos métodos de medição de retorno de investimento do projeto.

Outros pontos que devem ser considerados: deve-se considerar também a flexibilidade durante o desenvolvimento do projeto. Isto implica em uma contínua avaliação da viabilidade do projeto e do seu retorno, mesmo após o tempo de maturação, onde o projeto já está (deveria estar) gerando lucro. Tendo em mente os benefícios de adotarem-se projetos com curtos prazos de retorno, pode-se optar por uma solução, mesmo que, sabendo não ser ideal, e sim um método paliativo, mas com o compromisso de ser substituída no curto pelo projeto ideal. Desta forma, há um aumento da flexibilidade e uma minimização dos riscos inerentes ao projeto.

Bibliografia Adicional (além da leitura dos textos disponibilizados pelo professor):

Artigo: Medindo o valor econômico da TI - Uma análise das metodologias de valor da TI – Por Craig symons com Laurie M. Orlov e Lauren Sessions

25 de setembro de 2006

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